Editorial: “Devemos falar de Deus e com Deus…”

As grandes virtudes que admiramos em São Domingos de Gusmão devem ser para nós incentivos para imitá-lo. Por isso, neste mês de nosso padroeiro, convido a todos para imitá-lo na experiência de oração e ação: falar com Deus e falar de Deus! Em sua bela canção “Se eu quiser falar com Deus”, Gilberto Gil nos diz o seguinte: se eu quiser falar com Deus, tenho que ficar a sós, tenho que apagar a luz, tenho que calar a voz, tenho que encontrar a paz, tenho que folgar os nós… Dos sapatos, da gravata, dos desejos, dos receios. Tenho que esquecer a data. Tenho que perder a conta. Tenho que ter mãos vazias. Ter “a alma e o corpo nus”. Para falar com Deus é preciso esvaziarse, silenciar-se e abrir-se inteiramente a Deus. Jesus nos pede para orarmos em silêncio no aconchego de nosso quarto, onde só o Pai, que vê o que está escondido, saberá de nossa oração. E somente nessa intimidade com Ele é que saberemos distinguir seu plano de amor a respeito de cada um de nós, e nossa missão de sermos seus discípulos e missionários. Anunciadores de Deus. Mas, para assumir tal missão é preciso fazer-se primeiro um aprendiz. Como diz Pe. Zezinho em sua canção “Seguidor dos passos teus”: Seguidor dos passos teus, é o meu coração, Senhor. Aprendiz da tua graça, meu Senhor, eu sou. Aprendiz da caridade também quero ser. Falta muito, meu Senhor, para eu me converter. É sincera a minha prece, é sincero o meu querer saber mais a teu respeito, para poder compreender o que é ser religioso e a justiça o que ela é. Ser sincero e corajoso. Consequências de uma fé. Servir a Deus e tratar de santificar-se é o verdadeiro fim do homem na Terra.

Pe. Lázaro Gabriel Lourenço

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